segunda-feira, 10 de março de 2008

E o melhor...





Digam lá que não é fotogénico!!!

os animais...


Estágio!!!

Depois da euforia da construção dos animais voltou a parte chata: a planificação do estágio. O prof. quase todas as semanas perguntava o que estávamos a planear para estágio e pessoal inventava aqui, mudava acolá, até que se aproximou o dia da entrega do projecto de estágio e então tentamos aplicar-nos. Na primeira vez, ainda que rascunhos, os projectos estavam muito incompletos e o prof. disse o que deviamos acrescentar, o que deviamos explicar, o que deviamos colocar nos anexos... Depois disso, entregamos os projectos e não sei mais nada, porque ainda não foram corrigidos. Logo se vê... vamos ver se o resultado não é catastrófico.
Ah! também tivemos de fazer a dita apresentação da instituição, que no meu caso estava muitíssimo imcompleta apesar de lá ter colocado todas as informações que consegui apurar: "Ai! Não vos posso fornecer isso!". Cada um faz o que pode!!!

O desenvolvimento do meu Tamu














"Uma familia feliz!!"

O meu Tamuuuuuuuuuuuuuuuuuu!

Este período passou a correr, nem tive tempo de escrever no blogue o que fiz…
Bah! Não me apeteceu! :)
Durante quase todo o segundo período, construímos uma das coisas que até hoje me deu mais gozo fazer: o meu Tamu. Mas foi um trabalho árduo… quase entrei em desespero por causa daquele hipopótamo obesudo. Sim porque apesar de passarmos mais tempo fora da sala do que dentro, o pessoal trabalhou! E MUITO!
Nas primeiras aulas construímos o esqueleto dos bichinhos, com canas, fios e fita-cola. O passo seguinte foi fazer a musculatura dos men’s. O hipopótamo levou duas caixas dentro das ossadas, que foram cheias com jornais, folhas, rolos de fita-cola (mas já sem ela, claro) e latas de poliuretano. Podemos dizer que o meu Tamu comeu muita porcaria. Bhahhhhhhhhh!!!
Depois de me fartar deste trabalhinho todo, foi a minha quase fase de depressão, causada pela gordura mórbida do animal. Eu fazia as gordurinhas, uma aqui e outra ali e o pessoal a dizer “Achas muito?! Eu acho que devias pôr muito mais!!!”. E eu, tadita, enche, farta, continua a encher e a fartar, e enche, e enche e enche e farta. “Bem, acho que já deve chegar! Já deve estar mais ou menos equilibrado! Vou ver…”. Pois, vamos sonhando. “Pá! Nem acredito! De certeza que não passa pela porta! E ainda por cima tem muita mais gordura de um lado do que do outro…”, “Pá! Mando um pontapé nesta bola que sai mesmo tanto pela porta como pela janela! Ai que nervos!”. Bem, os nervos não resolveram nada. Só havia uma solução: a intervenção cirúrgica. Foi uma operação arriscada. Era conveniente que a delicada operação corresse bem, se não era possível a morte do bicho (ASSASSINIO/HOMICÍDIO). Com muitíssimo esforço e cuidado retirei parte das gorduras do bicho (porque hipopótamo sem gordura, não é hipopótamo). Coloquei a mão pela barriga adentro e tirava um bocadinho. Ia ver como é que tinha ficado, voltava a tirar mais umas gorduras e observava o desenvolvimento. O gordo cada vez melhor e eu cada vez mais farta e mais desesperada. Até ponderei demitir-me dos meus cargos de operadeira cirurgiona.
A fase seguinte foi a constituição da pele do bicho, porque apesar de todo aquele sofrimento eu permaneci firme (bah! Mais ou menos!) e construí a hipoderme, a derme e a epiderme, já no meu desespero infernal. Depois tinha os críticos, a comentarem, ou melhor gozarem e dizerem “Agora não podes desistir! Está quase no fim! (Bem, está cada vez mais gordo! Hihihi)”. E eu: “Pá! Desisto! Estou farta! O animal está cada vez pior! Vá lá, não gozem! Fogo!”. Pensei melhor… “E voltar a fazer tudo de novo? Era o que mais faltava! Coragem Marina! Tu consegues…”. Cláudia: “kakaka… queres ajuda?”. Eu: “Ah! Assim está bem! Criticar mas não fazer nada não dá com nada! Anda lá! Podes pôr umas gorduras no peito do bicho! Para também cobrir”. Cláudia: “Queres que ponha ainda mais jornal?! Ok!”.
E pronto, o meu desespero começou a terminar, porque depois de todo este sacrifício intenso passei a cola branca e finalmente foi chegada a altura de pintar, que é das que dá mais prazer, visto que é das coisas que mais caracteriza os objectos. Por fim passamos o verniz e depois de secar os animais foram expostos na entrada da escola (que já é mais seguro) e assim os nossos animais puderam ser adorados e venerados por todas as pessoas com bom gosto.
Sim porque apesar de tudo há pessoas com bom gosto, que nos convidaram para expor numa galeria (que acabou por não dar em nada, mas isso não é importante) e que nos proposeram um leilão mas isso seria difícil, pois os preços seriam altíssimos, porque além dos rios de euros gastos nas centenas de rolos de fita-cola, dos imensos frascos de cola-branca, dos litros de tinta e verniz gastos nos animais e nos comentários do Sr. Tropa por causa do diluente, ainda ganhamos um grande afecto e carinho pelos nossos bichinhos, por isso seria um sacrifício enormérrimo desfazer-me do meu Tamu.
Nota: o meu hipopótamo tem o nome Tamu devido à sua própria origem. Posso assim dizer que é o meu hipopó TAMU!